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A MILITÂNCIA PELO FOMENTO DA LITERATURA POPULAR ALAGOANA

           
1 visita a FMAC 11/08/22 , Com o presidente João Hugo Lyra

Desde agosto de 2022, inconformado com o cenário atual de desinteresse pela literatura, vivenciando as dificuldades dos escritores, poetas, cordelistas amigos, decidirmos iniciar um diálogo com as instituições públicas culturais do município de Maceió e as que preservam a história do povo Alagoano. Em 01 de agosto de 2022, fomos a sede da secretaria de estado da cultura, a escritora e compositora Fátima Ramalho Maia, também se fez presença na visita. Fomos dialogar o porque que a educação e a cultura não caminham juntas na formação do cidadão Maceioense Alagoano. O diálogo, porém não se prolongou, então, fomos a Fundação Cultural de Ação Municipal - FMAC dialogar junto ao conselho municipal - CMPC a ausência da literatura popular que não é lida, nem aproveitada nas escolas. Participamos de uma reunião com o conselho, mas não houve avanço, contudo, por desígnio do destino, no mesmo dia 11 de agosto de 2022, o vereador Dr. Valmir Gomes PT, estava em visita a instituição e fomos apresentados a ele, que ouviu nossas dificuldades e necessidades e marcou uma visita ao gabinete da câmara municipal dos vereadores, localizada no bairro histórico de Jaraguá. Em 08 de Novembro de 2022, fomos ao gabinete dialogar as questões, apresentamos o plano de fomento a literatura popular com necessidades e propostas
 que foram analisadas e breve será regimentada. Dentre as propostas desse plano, propomos a criação de um setor que faça a seleção das produções Literárias de gênero didático, que  promova valores, a educação cultural, social no cronograma de ensino. viabilizando o acesso dos escritores que são colaboradores do aprendizado às escolas.

 Ainda realizamos uma visita ao Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas - IHGAL em 24 de agosto de 2022 , para apresentar os projetos de incentivo a pesquisa, preservação da história, da identidade cultural. Fomos recebidos pelo historiador e membro da nobre instituição Álvaro Queiroz. Nessa visita, participaram a Escritora de Belo Monte Roseni Conceição, sua Irmã Roseane Santos e a Escritora Fátima Ramalho Maia, no entanto, não tivemos retorno da instituição sobre as propostas apresentadas.
Nesse diálogo sobre o fomento da literatura Alagoana, tentamos também o diálogo com as academias, a Academia Alagoana de Letras AAL, a Academia Maceioense de Letras AML, enfatizo a dificuldade de contato com os presidentes das referidas academias, pois tentamos contato via whatsapp e presencial, não tivemos resposta.
Visita a secult 01/08/22


Nesse longo diálogo, estava faltando o diálogo com o estado, entramos em contato com o gabinete civil, e conseguimos agendar uma visita que foi realizada em 03 de Março de 2023, a Escritora Fátima Ramalho Maia e a Escritora Rochelli Messias Assis estiveram presentes, representamos a  literatura Alagoana  e fomos recebidos pela representante social Edenilsa Lima Chagas, apresentamos o plano proposto a câmara municipal dos vereadores, propondo o diálogo para a criação de uma legislação estadual, os processos foram abertos e o diálogo segue em discussão. Deixamos a sede do governo de Alagoas na esperança que as mudanças aconteçam.
 
O CENÁRIO DA LITERATURA POPULAR ALAGOANA ATUAL
 
A literatura popular Alagoana é um segmento fecundo, formado por escritores, poetas, cordelistas, contadores de histórias, cidadãos que contribuem com o seu talento, seu tempo, disponibilidade com o fomento da literatura, da leitura, da educação social, através da linguagem, dos versos, das produções publicadas, dos valores que transmitem.

Alagoas e sua capital Maceió é muito produtiva no ofício das letras, possui uma diversidade de autores, a literatura de cordel é criativa, a poesia é referência, no entanto, a literatura popular não é aproveitada, desenvolvida nas salas de aula de nossas escolas de forma ampla e ativa. Outra dificuldade existente é que o estado não possui um setor,  um perfil social para divulgar  os autores populares e suas produções. Se o próprio escritor, artista não for presencialmente apresentar suas propostas e publicações, o cidadão escritor, poeta, artista não é divulgado.

Outro obstáculo são a lei emergencial e editais abertos pelas secretarias de cultura que exigem que o artista pessoa física se torne pessoa jurídica, tendo que criar CNPJ para ser apto e receber recursos para seu projeto cultural.

O escritor popular Alagoano não recebe muito pela publicação de suas obras, para conseguir êxito, o autor precisa de planejamento, otimismo e criatividade. Por isso a realização de eventos, saraus, feiras literárias é muito importante não só para a economia literária cultural, mas para promover o valor do livro, da leitura, da educação, do conhecimento para a sociedade.

OS DESAFIOS DA ALTA CLASSE LITERÁRIA E  DA LITERATURA POPULAR

        As Academias Literárias são muito importantes para a fomento, preservação da história, da memória literária, cultural dos que escrevem a nossa história, em Alagoas temos muitas academias, na cidade de Maceió, temos a Academia Maceioense de Letras, a Academia Alagoana de Letras e temos também a Academia Alagoana de Literatura de Cordel, as academias enfrentam dificuldades para se manterem e a maioria é mantida por seus próprios membros associados, como entidade cultural,  necessita está a serviço da sociedade para motivar o valor do livro, dos escritores e o hábito da leitura.
O estado como defensor da cidadania, da cultura, da história precisa amparar as nossas academias, mesmo sendo àquelas de organização particular, foram fundadas para desenvolver a cultura e os valores sociais.

        Também  ressalto outra dificuldade referente as academias de letras, só ingressa numa academia o cidadão que tem condições econômicas  acima de um salário mínimo, um cidadão de baixa renda não poderá ingressar numa academia a não ser se for convidado por cortesia, dificultando, desse modo a adesão de novos integrantes.
        O cordel é um gênero popular muito produzido em Alagoas e temos muitos poetas cordelistas, porém os autores publicam com dificuldade e também enfrentam obstáculos na divulgação, sendo o meio mais favorável, as redes sociais para os que tem habilidade com a tecnologia.
       Alagoas precisa de políticas públicas para o fomento e aproveitamento do conhecimento que é produzido pelos autores alagoanos e radicados em nosso estado, a literatura popular Alagoana só será valorizada com a unidade e sensibilidade dos cidadãos que a produzem, o diálogo entre município, estado para a criação de planos de incentivo e a  participação e interesse de todos que acreditam  na educação, na cultura e sua capacidade de formar o pensamento, o comportamento social e acreditam na potencialidade da escrita, da poesia na formação do conhecimento cultural, ético, social do povo alagoano.
 
A REPRESENTATIVIDADE DA UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES NO FOMENTO DA LITERATURA

       Em 29 de agosto de 2021, ingresso na União Brasileira de Escritores, núcleo Arapiraca como membro efetivo, com o propósito de difundir a literatura, o valor do livro, da poesia regional.        A União Brasileira de Escritores tem desenvolvido um expressivo trabalho de fomento e valorização da literatura em Arapiraca e em toda alagoas, através de suas ações, parcerias, a instituição literária reconhece o escritor, promovendo, divulgando sua obra. Com o protagonismo da presidente Carla Emanuele Messias de Farias, vem contribuindo para o desenvolvimento da cultura literária local e territorial. respeito e satisfação, represento essa associação de insignes artistas, escritores, compartilhando as conquistas e enfrentando os desafios para que a arte de escrever não desapareça e o escritor seja reconhecido, valorizado por seu conhecimento, inspirações, pensamentos materializado e publicados.

O escritor, o Poeta, o Cordelista Popular e Intelectual só será valorizado e produzirá com satisfação quando sua arte for reconhecida, quando sua produção é lida, adquirida, quando seus valores são ferramentas para a construção de uma sociedade de valores.

O DESCASO COM O PATRIMÔNIO CULTURAL DE ALAGOAS

       Em 13 de Março de 2023, realizamos uma visita ao museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore para apresentar proposta de projeto de incentivo a educação cultural, preservação da identidade histórica patrimonial, mas ao dialogarmos com a diretora do museu a proposta e necessidade,  a resposta foi um não, o motivo: o museu não tem recursos para realizar os projetos culturais, se encontra temporariamente fechado por tempo indeterminado, o prédio histórico abriga obras de arte valiosas, sua estrutura  apresentando indício de reforma, restauro, mas direção  declara que não dispõe recursos.      
A pergunta que fica é se um museu não pode atender as necessidades da sociedade, para que serve um museu?

Onde está o investimento na cultura e no patrimônio histórico do estado de Alagoas?



      Este patrimônio que mantém viva a história, o legado do folclorista Teotônio Vilela Brandão não pode ser tratado desse modo, um patrimônio cultural estando impossibilitado de servir a sociedade, quem perde é a sociedade, os artesãos, os pesquisadores, os turistas e todo o povo Alagoano.
      Cabe a Universidade Federal de Alagoas solucionar a questão e os gestores, representantes da cultura, do governo de Alagoas atuar para manter os espaços, patrimônios culturais em condições dignas, aptos a prestar os serviços a sociedade, a desenvolver a cultura da terra dos Marechais.
 
A literatura Alagoana
Da elite a popularidade,
É mãe de todas as artes.
Todavia, parece ser não prioridade,
Dos que não compreendem sua finalidade,
 Onde o livro não chega, o escritor não é bem  recebido,
A literatura  não alcança, não educa, não desperta.
 
Para ser semente de esperança,
E formar cultura e cidadania
Precisa de finança,
De Gerência,
De Reconhecimento,
De Empatia  
Para ser objeto de transformação.








 
 
 
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 Por: Matheus Cavalcanti
 
 
 

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